Home office: 25% dos brasileiros poderiam adotar modalidade, afirma uma nova pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
Cerca de 20,4 milhões de trabalhadores poderiam atuar em teletrabalho.
Uma nova pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculada ao Ministério da Economia, divulgada na semana passada, revelou que uma a cada quatro pessoas poderia trabalhar a distância, na modalidade home office.
Isso seria o equivalente a 20,4 milhões de trabalhadores, representando 24,1% do total da população empregada no Brasil.
Os dados da pesquisa, divulgados em uma Nota de Conjuntura, mostraram que a maior parte dos colaboradores que poderiam desenvolver suas atividades de forma remota são mulheres (58,3%), branca (60%), com nível superior completo (62,6%) e na faixa etária entre 20 e 49 anos (71,8%).
Avaliando por regiões, mais da metade destes possíveis empregados encontram-se no Sudeste, com 10,5 milhões de pessoas, seguido pelo Sul com 3,6 milhões, Nordeste com 3,5 milhões e Centro-Oeste com 1,7 milhão.
O recorte por unidade federativa revela que, enquanto o Distrito Federal tem teletrabalho potencial de 37,8%, no Pará esse percentual cai para menos da metade, 15,3%.
Em relação às cidades, Florianópolis aparece na liderança, com cerca de 40,4% das pessoas ocupadas em regime potencial de teletrabalho.
Como não há nenhum dado oficial do país que esclareça quantas pessoas estão atuando em home office, o Instituto fez o levantamento das atividades que poderiam ser realizadas por teletrabalho.
Um dos critérios considerados na pesquisa foi se os colaboradores teriam condições ou não de realizarem as tarefas à distância e se há fatores no desempenho da função remotamente que poderiam melhorar a produtividade.
Para a pesquisa, o Ipea usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021.